Fonte: Momento Verdadeiro
22/11/2012
– O Brasil está entre os seis países com maior produtividade mundial de “arroz”. O país alcançou, no ciclo de 2010 e 2011, recorde absoluto de produção em toda a sua história, estimado em 11,5 milhões de toneladas para o limite inferior e de 11,7 milhões para o superior. Mas segundo informações divulgadas nesta quinta-feira, 22 de novembro, por Luiz Fernando Miranda e Karla Silva Ferreira, doutorando e professora do Laboratório de Tecnologia de Alimentos (LTA) da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, em Campos dos Goytacazes, o consumo do cereal está diminuindo no Brasil.

De acordo com o IBGE, o consumo per capita de arroz caiu pela metade nos últimos 15 anos (de 30 para 14,9kg de arroz). A redução independeu de faixa de renda, Estado, zona urbana ou rural. O governo brasileiro deduz que a mudança de padrão de vida e de hábitos alimentares, com menor ingestão de carboidratos e maior de gorduras e proteínas, pode ser a principal explicação para este fato.

Fique sabendo: O arroz constituído principalmente de amido (carboidrato) e quantidades menores de lipídios, proteínas, fibras, minerais e vitaminas. A quantidade de cada nutriente no arroz varia, principalmente, de acordo com o processamento industrial, sendo o integral mais nutritivo do que os mais processados (polido e parboilizado). Quanto mais processado, mais o arroz perde suas camadas externas, onde há maior quantidade de proteínas, lipídios, fibra, minerais e vitaminas, enquanto o centro é rico em amido. Dessa forma, o descascamento total que resulta no arroz branco, ou descascamento parcial que resulta no arroz parboilizado, diminui o teor de nutrientes, exceto de amido, originando as diferenças na composição entre o arroz integral e o polido.

Por ser constituído principalmente de carboidrato (em torno de 79%), o arroz é um alimento muito energético. Cem gramas de arroz branco cozido, por exemplo, fornece 26% da quantidade de carboidrato recomendada com base numa dieta de 2000 Kcal. E energia, na quantidade certa, é essencial para a sobrevivência dos seres vivos. Inclusive, quem pratica exercício físico regularmente não pode restringir carboidrato da alimentação, pois isto pode ser prejudicial à saúde. Os diabéticos também devem ingerir carboidratos, desde que tenham acompanhamento médico e nutricional, realizando o controle da glicemia e contagem de carboidratos das refeições.

Além disso, o hábito do brasileiro de consumir arroz com feijão é bastante saudável, pois os aminoácidos encontrados em pouca quantidade nas proteínas do feijão (os sulfurados, metionina e cisteína) aparecem em em maior quantidade nas proteínas do arroz. Por sua vez, o arroz é pobre em aminoácido lisina, composto que existe em maior quantidade no feijão. Por isso a dobradinha arroz e feijão é muito nutritiva.  A proporção recomendada é: três partes de arroz para uma de feijão.