Fonte: Cenário MT.com.br
24/08/2012 –
 Os produtores gaúchos estão preparados para plantar 1.029.191 hectares de arroz, área semelhante à semeada na safra 2011/2012. A estimativa é do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga). Mas apenas 54,6 % das áreas, o plantio de arroz está garantido, mesmo que não haja a ocorrência de chuvas, num total de 562.297 hectares, porém 45,4 % ainda dependem das chuvas para plantar. Para o presidente do Irga, Cláudio Pereira, esta intenção depende muito das condições climáticas. “Necessita de chuva para poder plantar o esperado“, diz.

Se não houver a ocorrência de chuva, não haverá água suficiente para a irrigação“, destaca Pereira. A região com a situação mais crítica é a campanha, que está somente com 32.8% de reserva hídrica para iniciar o plantio. “A intenção dos produtores é semear uma área de 134.410 hectares, mas estão na dependência da reposição dos mananciais para atingir a plenitude do plantio; se isto não ocorrer, será possível plantar 44.116 hectares, ou seja, uma redução de 67,2 %“, afirma Pereira.

A depressão central do estado também enfrenta problemas em seus mananciais, pois possuem apenas 41,7% de reservas hídricas. A estimativa da região é plantar 149.470 hectares, atualmente é possível plantar 62.332 hectares. Outra região que registra índice preocupante é a zona sul, com uma reserva de 58,9% de água e com a expectativa de semear 171.60 hectares. Se o plantio fosse hoje, seria possível plantar 100.987 hectares.

As regiões que estão com níveis mais confortáveis de reserva hídrica são a planície costeira externa, que já está com as barragens com 80% da capacidade e uma previsão de plantio de 113.470 hectares, e a planície costeira interna, com 75,5% de reserva e 137.041 hectares.

Para o meteorologista do Irga, Glauco Freitas, a tendência para primavera é de chuvas abundantes no estado. As regiões que poderão receber os maiores volumes de chuva podendo ficar acima da média histórica para os próximos três meses são campanha, zona sul, parte da fronteira oeste e também parte da planície costeira externa. “Se esta previsão ocorrer de fato às perspectivas para a campanha e zona sul, podem se reverter e aumentar a reserva de água nas barragens“, esclarece.

Na depressão central e planície costeira interna também ocorrerá bons volumes de chuva, mas não comparado com as demais regiões. “A previsão é que tenhamos em torno 40 % de chuva acima da média para a primavera e um verão dentro média ou se oceano Atlântico permanecer aquecido até um pouco acima da média histórica“, acredita Freitas.

Segundo o meteorologista, estudos realizados mostram que o El Niño tem uma maior influência em outubro, novembro e dezembro.