Fonte: Portal Veneza
28/04/2010 – Numa reunião técnica que aconteceu no último dia 22 no Centro de Pastoral do Distrito de São Bento Baixo, com a presença de mais de quarenta pessoas, a Epagri apresentou os resultados obtidos nas Unidades Demonstrativas de arroz irrigado implantadas na Gerência de Criciúma nesta safra que se encerra.

Na última safra foram implantadas quatro unidades Demonstrativas, sendo duas em Nova Veneza e duas em Forquilhinha. Ao todo foram trabalhados onze materiais cada unidade, sendo nove cultivares e dois híbridos.

Na reunião foi apresentado o desempenho dos materiais com ênfase no rendimento de campo, resistência ao acamamento, tolerância a doenças e ciclo. Aproveitou-se a oportunidade para fazer um comparativo das unidades demonstrativas das últimas cinco safras.

Esta comparação é muito importante para nós, pois podemos tomar as decisões de quais cultivares plantar com base segura” disse Valmir de Mattia, um dos produtores presentes na reunião.

Os materiais que tiveram melhor desempenho foram a nova cultivar lançada no ano passado pela Epagri, a SCS 116 Satoru, a SCS 112, a Tio Taka, a Andosan, seguido do híbrido Tiba.

Em termos de rendimento a cultivar Satoru foi a mais produtiva, alcançando o rendimento de 10.568 quilogramas por hectare na propriedade de Hildo Moretto em São Gabriel, município de Forquilhinha, embora na média das quatro unidades demonstrativa tenha ficado em 8512 quilogramas por hectare.

Também foram apresentadas na reunião as principais causas da quebra de produção de arroz nesta safra.

Baseados em dados das Estações de Meteorologia de Urussanga e da Barragem do rio São Bento, a Epagri concluiu e mostrou aos presentes que, a alta temperatura e a baixa umidade relativa do ar, coincidentes com a fase reprodutiva do arroz, mas especificamente, na floração, foram as principais causas da queda de produção. Esses fatores provocaram as falhas (esterilidade) do grão e consequentemente, o baixo rendimento por hectare.

Sempre tivemos preocupação com o frio. Nunca esperava que o calor pudesse causar tanto prejuízo nas lavouras. No início até achava, pelo comentário dos técnicos que isso não iria acontecer. Depois, quando comecei ver os resultados das lavouras colhidas, foi confirmado”, disse Evandro Boaroli presidente do Sindicato dos Trabalhadores.

Em Nova Veneza a queda deverá ficar em dez por cento, quando comparada com a safra do ano passado.