Fonte: AgroNotícias
27/03/2012 –
Um conjunto de medidas para a cadeia produtiva do setor orizícola foi debatido na tarde desta segunda-feira, pela Câmara Setorial do Arroz, em reunião coordenada pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi e pelo presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira. De acordo com o secretário, as propostas estão centradas em três pilares: estabelecer a política de cotas para a importação do arroz, colocar o arroz no programa Brasil Maior e o programa de recuperação dos créditos agrícolas.

Segundo o secretário, parte do endividamento dos produtores é gerado pelas importações assimétricas do Mercosul. “Queremos estabelecer um planejamento para estruturar o setor de forma que o agricultor possa ter uma estabilidade para produzir. E para programarmos este planejamento, precisamos definir as cotas de importação. Para que consigamos planejar a quantidade que vamos produzir, precisamos ter definido quanto arroz vai ser importado”, defende Mainardi.

Para o presidente do Irga, Claudio Pereira, a inclusão do arroz no Plano Brasil Maior é essencial para o setor, pois trará medidas importantes de desoneração dos investimentos e das exportações para iniciar o enfrentamento da apreciação cambial, de avanço do crédito e aperfeiçoamento do marco regulatório da inovação, de fortalecimento da defesa comercial e ampliação de incentivos fiscais e facilitação de financiamentos para agregação de valor nacional e competitividade das cadeias produtivas. O coordenador técnico da Câmara Setorial do Arroz, César Pereira, salientou que para o arroz beneficiado ser incluído no programa, ele tem que ser considerado produto manufaturado.

O objetivo do Plano Brasil Maior, idealizado pelo Governo Federal para o período 2011-2014, é aumentar a competitividade da indústria nacional, a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor.