Fonte: Globo Rural TV
10/09/2010 – Agricultores do Rio Grande do Sul iniciaram o plantio do arroz. Eles estão usando sementes pré-germinadas em busca de uma boa produtividade.

Foi na lavoura, com o pai, que Cleiton Gadke aprendeu a lição que vai seguir por toda a vida. “A boa colheita começa no plantio”, diz.

Pensando nisso, a família decidiu mudar o sistema de plantio.  Passou para o pré-germinado.  As diferenças do método tradicional começam  na preparação da semente. O engenheiro agrônomo do IRGA, Guilherme Thom, explica que elas recebem um tratamento contra doenças e que só vai para o campo depois de germinada. “Fazem  tratamento de sementes para a bicheira da raiz a seco. Depois disso, eles fazem a hidratação dessa semente, eles retiram essa semente da água e colocam num galpão, abrigado de sol e de vento, onde a semente vai começar o processo de germinação”, afirma.

O preparo da terra também muda. Essa lâmina d’água de 5 a 10 centímetros fica no quadro por até 30 dias. Cinco dias antes da semeadura, começa o trabalho de remexer a terra e nivelar a área. Uma das principais vantagens desse método é a facilidade de preparar a terra em qualquer tempo. Com chuva ou sol, o produtor pode entrar na lavoura  e deixar tudo pronto para iniciar o plantio no período ideal.

É para ter o florescimento da cultura do arroz na época ideal,  que são os meses de janeiro até início de fevereiro”, explica Thom.

Outra vantagem é o controle de ervas invasoras como o arroz vermelho. A planta, que é cultivada em algumas regiões, aqui no Rio Grande do Sul é considerada um problema, já que compete com o arroz tradicional.

Como a gente entra com água 20, 30 dias antes da semeadura, o arroz vermelho entra em dormência e não germina sob a lâmina d’água. Como hoje utiliza-se a lâmina permanente de água, o arroz vermelho não vai germinar”, diz o agrônomo.

É seguindo todas essas orientações que a família Gadke espera recuperar parte do prejuízo da safra passada. Por causa das enchentes, a média de produtividade ficou em apenas noventa sacos por hectare. “Espero colher 150, 170 por hectare e tomara que o preço também ajude um pouco”, diz o agricultor Aldo Gadke.

A saca de 50 kg de arroz em casca tem sido negociada, no Rio Grande do Sul, por R$ 27, em média.